6/21/2010

Clube de Futebol Os Balantas
Mansoa era uma vila lindíssima nos anos 70, chamávamos-lhe o jardim da Guiné, tal era a quantidade de flores e árvores que ali existiam.
O Spínola convidava constantemente jornalistas estrangeiros para verificarem in loco que a Guiné não estava ocupada e que ali se vivia bem. Estas visitas eram feitas durante o dia; à noite, de vez em quando, acontecem ataques do P.A.G.C.
Clube dos Balantas tinha um cinema que

passava constantemente filmes para a tropa e para a população; tinha também um razoável restaurante, propriedade de Simões, antigo soldado que por aqui ficou e montou esse negocia com a mulher.


Enfim, não estávamos mal de todo em Mansoa, havia bem pior na Guiné. É certo que tínhamos perto de Mansoa um potencial perigo, barraca de Morés(comandado pelo Osvaldo Vieira), onde dificilmente tropa tuga conseguia entrar e onde as bombas largadas pela aviação Colonialista ficavam nas copas das árvores.


Em Mores o PAIGC vivia com alguma tranquilidade, os seus elementos ali possuíam, escolas e hospitais subterrâneos, segundo me contaram depois da luta.


Era dali, do Morés, que quase sempre partiam os ataques a Mansoa, nomeadamente com os mísseis 122.







Rio Mansoa é um rio muito largo que foi durante muito tempo um obstáculo para chegar de Bissau ao norte do país. O seu leito tem muito lodo que chega às margens. Até há pouco tempo, só se podia transpor esta barreira natural através da muito concorrida "jangada" (ferry-boat) de João Landim, a 30 kms de Bissau. Agora é possível cruzar o rio por uma nova ponte chamada Amílcar Cabral, com 750 metros e 4 faixas de rodagem.

INAUGURAÇÃO DO BLOCO OPERATÓRIO DO HOSPITAL DE MANSOA



Guiné Bissau, 23 de Abril de 2009. O Ministro da Saúde, Dr. Camilo Simões Pereira, juntamente com o Embaixador de Cuba, Pedro Doña Santana; Embaixador de Portugal António Freire; os Encarregados de Negócios da Embaixada da França e de Espanha; Representante Residente em Bissau do Fundo da População das Nações Unidas (UNFPA) Guy de Araújo; Representante do Governador da Região de Oio e outros convidados, inauguraram o bloco operatório no Hospital da cidade de Mansoa


Esta inauguração foi possível graças à cooperação multilateral entre várias instituições como o UNFPA, o Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento (IPAD) e a Cooperação Cubana, cujos especialistas em cirurgia e ginecologia começarão a fazer operações e a ensinar no espaço de alguns meses, a um grupo seleccionado de médicos nacionais.


Esse centro de Saúde conta com dois médicos nacionais e três cubanos, ainda com uma faculdade de medicina assessorada por Cuba com 13 alunos já no quarto ano.


O Ministro de Saúde agradeceu em nome do Primeiro-ministro e do Ministério da Saúde a solidariedade e a ajuda da Comunidade Internacional e solicitou a continuação deste tipo de cooperação multilateral apoiando o sector da saúde que tanto necessita.


Para além do Ministro, outros oradores, entre eles o Embaixador Português e o Representante da UNFPA, ressaltaram como muito positiva a presença de colaboração cubana em todo o território da Guiné-Bissau e consideraram muito valiosa a possibilidade de realizar acções conjuntas como esta, em que a Comunidade Internacional se una num projecto que servirá para impulsionar mais rapidamente a colaboração em benefício do povo guineense.


O representante dos residentes em Mansoa elogiou este gesto do governo e da Comunidade Internacional como beneficio para a Região de Oio e o Sector de Mansoa em particular, tendo solicitado a ampliação desta colaboração.


O corte da fita, a entrega de uma ambulância para além de outro veículo para o hospital e um lote de materiais cirúrgicos enceraram as actividades.









MANSOA - OIO