3/16/2008

MANSOA CARTÃO DE IDENTIDADE

Mansoa é um importante Sector na Província Norte, estando inserido na Região de Oio, é constituída por uma população cujo número tende a aumentar exponencialmente.
Mansoa fica localizada a cerca de 60 km a norte de Bissau. Com uma localização estratégica central, todas as comunicações rodoviárias fazem-se atravessando-a.
Mansoa ocupa uma área de 1.096.7 km², (3.0% do território Nacional), confronta a Norte pelo Mansabá, ao Este e Sul pela a Nhacra, e a Leste pela Bambadinca, ao Nordeste pela Bissorã.
Administrativamente Sector de Mansoa está dividida em 12 Secções a saber: Enxale, Portugole, Gã-Mamudú, Bissá, Bimduro, Jugudul,Intchugal, Enfandre, Cutia, Braia, Cobontche e Mansoa) , sendo a cidade formada pelos Bairros Luanda, Praça, Ária, Acumasse, Bairro Novo, Cussana, Quinze, São-Tomé e Mancalã. Num total de 126 tabancas.
A população esta estimada em cerca de 34.616 habitantes (dados da Direcção Regional de Saúde Oio de 2005). E é composta pelas deferentes etnias, sendo provavelmente, os Balantas, os Mandingas, os Fulas e os Mansoancas os grupos maioritárias.
CLIMA






O clima é tropical húmidas temperaturas permanecem em geral bastante elevadas mantendo uma media anual que ronda aos 27% e uma húmida relativa media do ar de 67%.
As condições tropicais do clima e a fertilidade do solo outorgam a agricultura um potencial enorme em particular as culturas do arroz, mandioca, mancara e do caju.
Por outro lado, a fertilidade do solo manifesta-se também pelo facto de Mansoa esta inserido numa zona de transição entre os planaltos e tem um território de altitude pouco acentuada.
Mansoa é detentores das mais elevadas condições de florestação, a floresta de Saara Olon a caça é abundante.

AGRICULTURA

Por razões que são comuns a todas as populações guineenses, Mansoa não escapa a maioria da população trabalha e depende do campo. O seu único sustento advém-lhes da prática da agricultura. Uma agricultura de subsistência, tradicional (tanto nas técnicas, como nas culturas) que mal dá para alimentar uma família durante todo o ano. Para agravar a situação, esta actividade agrícola só é praticável na “época das chuvas” (de Maio a Setembro), altura em que tal como o próprio nome sugestiona, o solo encontra-se suficientemente mole e com a quantidade de água necessária para ser lavrado e semeado. No resto do ano, devido à escassez de água e (mais uma vez enunciada) falta de infra-estruturas que a retenham para um melhor aproveitamento e rentabilidade dos solos, as pessoas lutam – literalmente – pela sua sobrevivência,
As principais riquezas são: Manga, Laranja, castanha de caju, o coco note, arroz, produtos destinados a exportação.
As culturas do arroz, do milho, da mandioca, do feijão, de banana, e do ananás são para consumo interno é caracterizam uma produção de auto subsistência.
A PESCA

O rio Mansoa, é profundamente penetrado pelos mares forma no entanto a bacia hidrográfica, mas aproveitada para agricultura, a pesca e extracção do sal. Nos anos 1950, rio Mansoa era navegável por barcos mais hoje dado factores de varias ordem tais como a melhoria das vias terrestre, um dos principais afluentes de rio Mansoa foi fechado em Ensalma.
Na época da chuva agua salgada transforma-se em água doce. O rio é abundante em pescado.

EDUCAÇÃO
São vários os jovens que diariamente confluem de diversos pontos das localidades limítrofes para frequentar as muitas escolas de ensino primário, complementar e o único liceu, com frequência de disciplinas do currículo secundário, de Mansoa. Este estabelecimento de ensino secundário - Liceu Quemo Mané - goza de uma reputação efectiva de um ensino de qualidade e de um quadro de professores permanente com boas qualificações pedagógico-didácticas
DESPORTO

A juventude ocupa um lugar esmagador nas faixas etárias representadas. Esta caracteriza-se por ser perseverante e habilidosa. (Recorde-se o facto de, no tempo colonial, Mansoa dar a Portugal grandes atletas nas diversas modalidades desportivas, pois era a única escola incrementada – escola do desporto. Ainda hoje forma grandes nomes do desporto-rei, nomeadamente para França.)

O clube de Futebol «Os Balantas» um grande Clube possuidor de acontecimentos de âmbito nacional e internacional, nasceu em 18 de Setembro de 1946, na sua fundação estiveram estes Senhores: Jaime Pinto Bull, António Rua, Saad Maron, Michel Saad, João da Costa Ribeiro, Alexandre Daniel Forbs, Luís Garcia Gomes, João Macedo.
Títulos e Troféus
Em 1959 – 1960, O clube de Futebol «Os Balantas» de Mansoa conquistou o seu primeiro campeonato da Província da Guiné; importa dizer que neste mesmo ano ganhou o campeonato da zona – norte; jogou no final com Clube Futebol de Cantchungo, o resoltada final: O clube de Futebol «Os Balantas» 1-0 Clube Futebol de Cantchungo, quanto o golo único obtido foi marcado por Cipriano Dantas, mais conhecido por «Iano”.
A primeira equipa do clube de Futebol “Os Balantas” de Mansoa naquela época era constituída por seguintes Jogadores: Guarda-redes “Mascote, Tchutchu, Defesas Bambo Cassama, Marcelino Cassama; Manuel Feliz, Augusto Gomes Correia Tiago,
Médios. Filipe Martins; Armando Forbs; Zé Coro; Pinto Martins.
Avançados: Tató, Iano e Pedro Sá, Pérola e Aníbal.
Na época seguinte de 1960-61 C.F. «Os Balantas» voltou revalidar o título de campeão da Zona Norte e da Província da Guiné.
Em 1961-62 «os Balantas» de novo alcança proeza de vencer o campeonato da Zona Norte e da Província da Guiné e a taça Jornal Arauto. Este desafio da final da taça Jornal Arauto realizado no então Estádio «Sarmento Rodrigues” (actual Lino Correia), entre «Os Balantas» de Mansoa, e F.C. «Cantchungo», despertou o mais viva entusiasmo em toda a população Desportiva de capital dividindo-se opinião sobre o vencedor. Por um lado, os anseios e as dúvidas das duas equipas eram bem palpitantes e conheciam-se em suma «Os Balantas» de Mansoa – F.C. «Cantchungo» todos da zona norte eram considerados grandes clubes da Guiné.
Tal como se concebeu e concretizou. F.C. de “Cantchungo”, com relativa facilidade criada pela linha defensiva dos azuis de Mansoa, marcaram três golos na primeira parte; marcaram: os irmãos Bernardo da Vela e Nené da Vela e o Adão.

Novidades deste encontro que talvez poderá ficar na história, do Futebol Guineense não foi a maneira com as duas equipas entraram em campo e jogaram. E que na segunda metade do encontro choveu em pleno mês de Abril, o que de certa maneira, não se pode de modo algum considerado fenómeno normal. «Os Balantas» entraram a perder na segunda pare por 3-0, não desanimaram com a vantagem e antes pelo contrário estava disposto a dar volta ao resultado a sorte lhe sorria acabando por vencer por 6-3.

Os Balantas» alinharam: guarda rede: Mascote, Defesas: Bambo Cassama, Marcelino Cassama, Manuel Feliz e Tiago Correia. Médios: Felipe Martins, Armando Forbs e Pérola, Avançados: Zé Coro, Tató e Iano .

Marcaram: Armando Forbs - 2 golos, Tató - 2 golos, Santos – 2 golos.
Aproveitando o final de época de 1963, «Os Balantas» deslocou-se à Portugal, esta deslocação como se verifica pela notícias posta a circular na altura por meios da comunicação social, reinava grande entusiasmo por parte dos visitantes, por ser primeiro clube de Futebol da Província da Guiné a deslocar ao Portugal, por um desafio de futebol. Naquela altura C.F. «Os Balantas», é dos melhores equipa da Província, fazendo parte dele bons jogadores formando um grupo que prova o seu grande valor, nessa deslocação contava com alguns reforços vindos de outros clube: Armando Benfica, Luís Djatõ e Mário Nharita- ambos U.D.I.B; Nula Bolama Ténis Clube.
Jogou contra Lusitano da Évora, Sporting de Braga, Desportivo de Cuf, Académica de Coimbra e contra Selecção de Beja. Destes 5 encontro não venceu nenhuma.

Nas épocas 1963/64 e 1964/65 C.F. «Os Balantas» levou para 5 vezes a conquista do campeonato da Zona Norte e 3 vezes campeão da toda Província da Guiné.
Com início da Guerra em 1963, não foi possível realização do campeonato da Zona Norte nas épocas que vai de 1965 à 1969. Por esta mesma razão motivou que C.F. «Os Balantas» participasse num campeonato alargado há 8 equipas. Benfica Sport Clube de Bissau, Sporting de Bissau, Ajuda Spor, Clube, Ténis Cube De Bissau, Ancar, U.D.I:B. Bissau, Sacor; e por causa da guerra Cantchungo foi forçado a ficar de fora. E “Os Balantas” classificou em 2º lugar. Na época seguinte de 1970/71, «Os Balantas» venceu a taça da Guiné e representou a Guiné na Taça de Portugal em Cabo Verde e jogou encontra F.C. de Mindelo e perdeu por 1-0. Nesta altura «Os Balantas» alinhava com: Guarda-redes Luís Felipe «Montijo» (soldado Português). Defesas Seco Camará, Pedro Ialá (capitão), Pinto Martins e Mário Coro. Médios: Júlio Dias, Rui Baio, Formigas (soldado Português). Avançados: Silla Djaló, Pires (soldado Português) e Leandro. Suplentes: Damas, António Cruz Vieira «Verinha», António Sambú «António Músculos».«Os Balantas » foi vencedor do campeonato da época desportiva de 1971/72 .e voltou erguer a taça de campeão na época de 1974-75 depois da independência total do nosso País e ainda nesta senda de proeza levou para sua vitrina o primeiro taça de Pindjiquit.
No que concerne a Equipamentos Desportivos e de Lazer, existem: 2 campos de futebol onze, 1 de Fut-Sal, 1 Basquetebol, 1Andebol, 1 de Voleibol, 1 Cinema,

MANSOA - OIO