Clube de Futebol Os Balantas
Mansoa era uma vila lindíssima nos anos 70, chamávamos-lhe o jardim da Guiné, tal era a quantidade de flores e árvores que ali existiam.
O Spínola convidava constantemente jornalistas estrangeiros para verificarem in loco que a Guiné não estava ocupada e que ali se vivia bem. Estas visitas eram feitas durante o dia; à noite, de vez em quando, acontecem ataques do P.A.G.C.
Clube dos Balantas tinha um cinema que
passava constantemente filmes para a tropa e para a população; tinha também um razoável restaurante, propriedade de Simões, antigo soldado que por aqui ficou e montou esse negocia com a mulher.
Enfim, não estávamos mal de todo em Mansoa, havia bem pior na Guiné. É certo que tínhamos perto de Mansoa um potencial perigo, barraca de Morés(comandado pelo Osvaldo Vieira), onde dificilmente tropa tuga conseguia entrar e onde as bombas largadas pela aviação Colonialista ficavam nas copas das árvores.
Em Mores o PAIGC vivia com alguma tranquilidade, os seus elementos ali possuíam, escolas e hospitais subterrâneos, segundo me contaram depois da luta.
Era dali, do Morés, que quase sempre partiam os ataques a Mansoa, nomeadamente com os mísseis 122.
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