6/30/2010

A ÚLTIMA VEZ DO ARREAR DA BANDEIRA PORTUGUESA EM MANSOA

“Fui eu quem arriou a nossa bandeira”



Fiz parte do último batalhão a partir e a regressar da Guiné. Assisti ao fim da guerra e a um acidente que me marcou para sempre: um camarada morreu com um disparo acidental.


Fui para o Ultramar como furriel miliciano de Operações Especiais (Ranger) e pertenci à Companhia de Comandos e Serviços do Batalhão de Caçadores 4612/74, o último que partiu para a Guiné e o último que de lá saiu, em Outubro de 1974. Antes estive nas Caldas da Rainha, Lamego, Évora, Tomar e Santa Margarida. Parti do Aeroporto de Lisboa para Bissalanca, com destino ao quartel de Cumeré, seguindo-se Mansoa e Brá. Este contingente foi substituir o Batalhão de Caçadores 4612/72, que se encontrava a prestar serviço há 22 meses, na região de Mansoa, tendo registado seis mortos – quatro em combate e dois em acidentes.


A nossa última missão foi assegurar a evacuação do dispositivo militar que se encontrava estacionado na Guiné (cerca de 27 mil homens) e testemunhar alguns factos históricos, como o da entrega do aquartelamento ao PAIGC, que incluiu uma muito concorrida e festejada cerimónia oficial do último arriar da Bandeira Nacional e o hastear da primeira bandeira da Guiné-Bissau, que representou o nascimento de uma nova nação e simbolizou, ao mesmo tempo, a entrega da soberania política e económica do território.


Outro facto histórico que presenciei foi o episódio mais pungente na minha vida militar e civil até aos dias de hoje e que me traumatizou para o resto da vida, aconteceu também no quartel de Mansoa, num triste dia de Agosto de 1974. Um trágico acidente de que foram protagonistas dois infelizes soldados da 3.ª Companhia do Batalhão de Caçadores 4612/72, que nas últimas horas na Guiné, após 22 meses de comissão, como acima referi, quando se encontravam junto da arrecadação de material de guerra, a fim de entregarem o armamento, nomeadamente as G3 e os respectivos carregadores.


Tinha sido dada ordem para desmontar, limpar e montar as G3, e limpar e esvaziar de balas os carregadores, entregando-os para inspecção a dois furriéis milicianos da companhia: um acompanhava as limpezas do equipamento e o outro, juntamente com um 1.º cabo, sentados num banco, verificavam se tudo estava em boas condições. À frente deles alinhava-se o restante pessoal.


Para quem não sabe, a inspecção de uma G3 para entrega, na rotina habitual, obrigava a fazer quatro operações: retirar o carregador, puxar a culatra atrás – para retirar qualquer bala da câmara –, destravar a culatra para a frente e efectuar uma gatilhada em seco para o ar.


No entanto, um dos soldados inadvertidamente entregou a G3 com o carregador ainda municiado e o 1.º cabo, que fazia o teste às armas, não reparou neste terrível facto e procedeu às manobras com a culatra. Quando ia premir o gatilho, o furriel que observava os seus movimentos, ao se aperceber da entrada de uma bala na câmara, instintiva e desesperadamente, deitou a mão à arma no sentido de impedir o disparo, mas, infelizmente, já não foi a tempo e a arma disparou.


Como os soldados estavam de pé, a bala, na trajectória de baixo para cima, atingiu o soldado que estava mais próximo, e que tinha acabado de entregar a G3 com munições no carregador, atravessando-lhe a anca; passou muito rente à parte de trás do pescoço do segundo militar da fila e perfurou o crânio do terceiro na parte frontal. Enquanto o segundo soldado agradecia a Deus a sua sorte, os dois feridos com bastante gravidade, foram de imediato assistidos por primeiros-socorros, já que a enfermaria ficava logo ao lado da arrecadação e, passados uns minutos, surgiu um helicóptero que os transportou para o Hospital Militar de Bissau. Mais tarde soube-se que o último deles faleceu em 18 de Outubro de 1974, seis meses depois do 25 de Abril, já em Portugal, no Hospital Militar da Estrela, em Lisboa. Assim, sucumbiu o último soldado português da martirizante e fatídica guerra da Guiné.


Com a Revolução de 25 de Abril foi determinado o fim da Guerra do Ultramar e, em 9 de Setembro de 1974, foi concedida a independência à Guiné-Bissau e entregue o território ao PAIGC, numa cerimónia oficial que decorreu no quartel de Mansoa, bem como o já mencionado arriar da última Bandeira Nacional.


Estiveram presentes nesta cerimónia a Companhia de Comando e Serviços do Batalhão 4612/74, comandada pelo major Ramos de Campos, o comandante do batalhão, coronel António C. Varino; um bigrupo de combate do PAIGC, um grupo de pioneiros do mesmo partido, Ana Maria Cabral (viúva de Amílcar Cabral) e seu filho, o comissário político do PAIGC, Manual Nadinga, e, em representação do chefe do Estado-Maior do Exército do Comando Territorial Independente da Guiné (CEME do CTIG), o tenente-coronel Fonseca Cabrinha.


Estiveram também presentes uns largos milhares de nativos, de diversas etnias: papéis, balantas, fulas, futa-fulas, mandingas, manjacos, entre outras, encerrando os actos com cânticos festivos e vivas ao PAIGC, prestando entrevistas às dezenas de jornalistas de todo o Mundo, que ali acorreram. A Bandeira Nacional foi arriada por mim. Regressei a Portugal em fins de Outubro de 1974.


ENTRE ANGOLA E PORTUGAL COM PASSAGEM PELA GUINÉ


Chamo-me Eduardo José Magalhães Ribeiro, nasci a 27 de Março de 1952 na freguesia de S. Mamede de Infesta, em Matosinhos. Casei a 5 de Março de 1972, com Maria Fernanda Vieira da Mota, que me deu o melhor filho do Mundo, de nome Carlos Eduardo Mota Ribeiro, engenheiro mecânico. Terminada a tropa, regressei ao Porto, onde resido desde os quatro anos (os anteriores vivi-os em Angola), e retomei o meu trabalho de desenhador de máquinas, na firma Máquinas Frank, Lda. Trabalho em centrais hidroeléctricas há 29 anos, como técnico Principal de Manutenção, da empresa EDP – Energias de Portugal, no sector de Produção Hidráulica, Departamento de Manutenção Mecânica.

MANSOA HASTEAR DA BANDEIRA SETEMBRO 1974

Em Mansoa, a CCS entregou o aquartelamento ao P.A.I.G.C. e simbolicamente entregou também, o poder político e económico do território, que incluiu uma muito concorrida cerimónia do último arrear da bandeira Portuguesa, com cerimónia oficial e o hastear da primeira bandeira da Guiné-Bissau, surgindo assim uma nova nação africana.


MANSOA, 9 de Setembro de 1974

Com a revolução de 25 de Abril de 1974, foi dada como terminada aquela que foi designada como Guerra do Ultramar, que Portugal travava em África, nas três conhecidas frentes: Angola, Guiné e Moçambique.




Em 9 de Setembro de 1974, com a independência da Guiné-Bissau, foi entregue o território ao P.A.I.G.C., numa cerimónia oficial que decorreu no quartel de Mansoa.


Estiveram presentes nessa cerimónia; a CCS do Batalhão 4612/74 comandada pelo Major Ramos de Campos, o CMDT do mesmo Batalhão, Cor. António C. Varino, um bi-grupo de combate, uma secção de pioneiros, Ana Maria Cabral [viúva de Amílcar Cabral], o comissário político do P.A.I.G.C. - Manual Nadinga e em representação do C.E.M.E. do C.T.I.G. - Ten. Cor. Fonseca Cabrinha.


À cerimónia compareceram ainda uns largos milhares de populaçao locais, e umas dezenas de jornalistas de todo o mundo.


A bandeira foi arreada pelo Furriel Miliciano de Operações Especiais - Eduardo José Magalhães Ribeiro.

6/27/2010

MISSÃO SANTO BENEDITO E IMACULADA DE CONCEIÇÃO

Realizou – se em 3 de Maio de 1948, a cerimonia do lançamento da primeira pedra da futura capela de Santa Ana. Ao acto assistiu o Perfeito Apostólico «Monsenhor J. Magalhães foi ele quem procedeu a bênção da lápida com todas as exigências do ritual, depois convidou Sua Excelência então, o governador da Guiné, Comandante Sarmento Rodrigues, a fazer o lançamento da primeira pedra.



Em 5 de Abril de 1949, foi aberto solenemente ao culto a Nova Igreja de Santa Ana de Mansoa, melhoramento que se deve a iniciativa do senhor Comandante Sarmento Rodrigues, antigo Governador da Guiné. A cerimónia inaugural, foi presidido pelo Perfeito, Apostólico Padre Faustino Mendes superior de Missão de Bula, assistiram o encarregado do governo autoridades administrativas e muitos fiéis e foram baptizados 30 adultos, e 20 fizeram a primeira comunhão, há quem dá números diferentes 23 baptizados de adultos, 10 de crianças, 45 crismas, 28 primeira comunhões, (a Capela foi ampliada em 1959).


Em Agosto de 1954, o padre Júlio do Patrocino, por causa das chuvas, as deslocação Bula, para Bissorã e Mansoa constituem um problema, passou a residir permanentemente em Mansoa,


Em Maio de 1961 a missão Católica de Mansoa foi ocupada pelas tropas Portugueses, pavilhão acabada de construir em frente da residência missionaria e que era destinado aos alunos de 3ª e 4ª classe.


No finais do mês de Janeiro de 1963. O Padre Amândio Neto, na qualidade de encarregado da Prefeitura Apostólica, entregou resto dos edifícios missionária, para se instalar os oficiais e sargentos. E recebeu nova residência missionária e novas salas de aula para a escola não fechar.


A 16 de Julho de 1963, o Comandante militar pedia « a titulo precária e urgente» a cedência da escola Missionaria de Mansoa para alojamento de pessoal militar. O Perfeito Apostólico cede, mas ou mesmo tempo pede para não ultrapassar a sua ocupação o dia 20 de Setembro do mesmo ano, por causa do novo ano escolar. Na realidade, porem, só será entregue nos primeiros meses do ano lectivo de 1966-67 e apenas os dois salões principais, ligados à residência Missionaria.


A 27 de Setembro a Missão foi restituído oficialmente, mas ainda com as obras de restaura por acabar e imperfeitas. Só seria habitada de novo pelo Padre Patrocínio após de seu regresso deferias, em 19 de Janeiro de 1969.


Durante o longo período da ocupação, o Padre Patrocínio, residia na casa destinada ao Secretario da Administração, e a escola, durante três anos funcionou de alguma forma, em condições bastante precárias. Também em salas cedidas pela Administração.

MANSOA-HISTÓRIA COLONIAL

Mansoa é talvez a vila da Guiné Bissau que mais traços conserva da secular presença Portuguesa É bem verdade que se tem diluído através dos tempos, mas algo ainda sobrou
Todavia ficou uma obra de arte de menção, o Ponte, situada na estrada que liga Mansoa Bissau e a residência para o Administrador.
Enquanto que o monumento em calcário que foi erguido ao memoria navegador Diogo Gomes e o padrão comemorativo do 5º Centenário dos Descobrimentos, estes foram destruídos após a 25 de Abril.

Estava-se no ano de 1913, quando o capitão Antas, foi o primeiro comandante de exército Português, que desembarcou em Mansoa a frente de três dezenas e meia de homens, fez a derrube das árvores limpou o terreno para a construção daquele que foi o primeiro Quartel militar, o local por ele escolhido na altura é onde actualmente encontra o prédio pertencente «Armazém do Povo”
(antigo Casa Gouveia).
Dois anos depois isto é 1915, Administrador Ferreira Lacerda, iniciou a construção de 1º Ponte sobre rio Mansoa, era um Ponte de Cibe e ainda neste mesmo ano, Mansoa foi considerado 8ª (oitavo) Circunscrição.



Envolvidos sete anos (em 1922) O Administrador Gama Lobo, substitui Ferreira Lacerda, mandou construir um outro Ponte Nova e que foi concluída em 1924, recebeu o nome de «Velez caroço» neste mesmo ano foram construído o matadouro, 1º furo da Água e Mercado.


Com a chegada de Administrador Jacinto Medina, em 1927 sob sua batuta mandou construir residência para oficias.


Mais tarde Jacinto Medina, venha ser substituído pelo seu compatriota, Alberto Gomes Pimentel com este Administrador Cidade de Mansoa alcançou vários progressos nomeadamente, Fundação de Clube de Futebol Os Balantas em 18 de Setembro, 1946, fez plano de urbanização, foi aberto várias ruas com passeios e ajardinamentos, mandou erguer o padrão comemorativo do 5º centenário da Descobrimento, um Novo Furo de Água, aberto a escola. Durante a época seca de ano de 1966-67 foi construído o quartel de Mansoa, e no dia 4 de Abril de 1968 as obras de restauração da residência missionária foram concluídas, executado pelo exército Português.

6/21/2010

Clube de Futebol Os Balantas
Mansoa era uma vila lindíssima nos anos 70, chamávamos-lhe o jardim da Guiné, tal era a quantidade de flores e árvores que ali existiam.
O Spínola convidava constantemente jornalistas estrangeiros para verificarem in loco que a Guiné não estava ocupada e que ali se vivia bem. Estas visitas eram feitas durante o dia; à noite, de vez em quando, acontecem ataques do P.A.G.C.
Clube dos Balantas tinha um cinema que

passava constantemente filmes para a tropa e para a população; tinha também um razoável restaurante, propriedade de Simões, antigo soldado que por aqui ficou e montou esse negocia com a mulher.


Enfim, não estávamos mal de todo em Mansoa, havia bem pior na Guiné. É certo que tínhamos perto de Mansoa um potencial perigo, barraca de Morés(comandado pelo Osvaldo Vieira), onde dificilmente tropa tuga conseguia entrar e onde as bombas largadas pela aviação Colonialista ficavam nas copas das árvores.


Em Mores o PAIGC vivia com alguma tranquilidade, os seus elementos ali possuíam, escolas e hospitais subterrâneos, segundo me contaram depois da luta.


Era dali, do Morés, que quase sempre partiam os ataques a Mansoa, nomeadamente com os mísseis 122.







Rio Mansoa é um rio muito largo que foi durante muito tempo um obstáculo para chegar de Bissau ao norte do país. O seu leito tem muito lodo que chega às margens. Até há pouco tempo, só se podia transpor esta barreira natural através da muito concorrida "jangada" (ferry-boat) de João Landim, a 30 kms de Bissau. Agora é possível cruzar o rio por uma nova ponte chamada Amílcar Cabral, com 750 metros e 4 faixas de rodagem.

INAUGURAÇÃO DO BLOCO OPERATÓRIO DO HOSPITAL DE MANSOA



Guiné Bissau, 23 de Abril de 2009. O Ministro da Saúde, Dr. Camilo Simões Pereira, juntamente com o Embaixador de Cuba, Pedro Doña Santana; Embaixador de Portugal António Freire; os Encarregados de Negócios da Embaixada da França e de Espanha; Representante Residente em Bissau do Fundo da População das Nações Unidas (UNFPA) Guy de Araújo; Representante do Governador da Região de Oio e outros convidados, inauguraram o bloco operatório no Hospital da cidade de Mansoa


Esta inauguração foi possível graças à cooperação multilateral entre várias instituições como o UNFPA, o Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento (IPAD) e a Cooperação Cubana, cujos especialistas em cirurgia e ginecologia começarão a fazer operações e a ensinar no espaço de alguns meses, a um grupo seleccionado de médicos nacionais.


Esse centro de Saúde conta com dois médicos nacionais e três cubanos, ainda com uma faculdade de medicina assessorada por Cuba com 13 alunos já no quarto ano.


O Ministro de Saúde agradeceu em nome do Primeiro-ministro e do Ministério da Saúde a solidariedade e a ajuda da Comunidade Internacional e solicitou a continuação deste tipo de cooperação multilateral apoiando o sector da saúde que tanto necessita.


Para além do Ministro, outros oradores, entre eles o Embaixador Português e o Representante da UNFPA, ressaltaram como muito positiva a presença de colaboração cubana em todo o território da Guiné-Bissau e consideraram muito valiosa a possibilidade de realizar acções conjuntas como esta, em que a Comunidade Internacional se una num projecto que servirá para impulsionar mais rapidamente a colaboração em benefício do povo guineense.


O representante dos residentes em Mansoa elogiou este gesto do governo e da Comunidade Internacional como beneficio para a Região de Oio e o Sector de Mansoa em particular, tendo solicitado a ampliação desta colaboração.


O corte da fita, a entrega de uma ambulância para além de outro veículo para o hospital e um lote de materiais cirúrgicos enceraram as actividades.









5/27/2010

Região de Oio
A Região de Oio fica situada no Norte da Guiné-Bissau, fazendo fronteira com as Regiões de Bafatá, Biombo, Cacheu e Quinara. Tem uma superfície de 5.403 Km2 e uma população de 179.047 habitantes.
A capital da Região é Farim
Os sectores que compõem a Região de Oio são:
Bissorã
População em 2004: 50.774 habitantes
Farim
População em 2004: 41.842 habitantes
Mansabá
População em 2004: 32.122 habitantes
Mansôa
População em 2004: 33.548 habitantes
Nhacra
População em 2004: 20.761 habitantes




5/21/2010

POEMA

Todas as pessoas SORRIEM no mesmo idioma
Se alguém está tão cansado
Não possa te dar um SORRISO, deixa-lhe o teu
Aquele que SORRI através da dor
É o verdadeiro triunfador.
Quem espalha SORRISOS planta esperanças
O mundo é um espelho:
se SORRIRES para ele, ele SORRIRÁ para ti.
Não Faça economia: teu SORRIA
Não há nada tão sério que não se possa dizer com um SORRISO.
O SORRISO custa menos do que a eletricidade e dá mais luz
Ainda que haja noite no coração, vale a pena SORRIR
para que haja estrelas na escuridão

3/23/2008

SABEDORIA POPULAR « DITUS »


Nhánha ki padi forrel.
Ninguin kata tira simola pa ida si kabesa praga.
Ninguin kata tira faka pa i dogola si kabesa
Ninguin kata koba lama na un dia pa dipús i kumpu kasa.
Ninguin ka dibidi seta sedu un sandju pá dus matu.
Ninguin kata kumpra saninhu na si koba.
Nhólidura di lagartu kata tudji kanua passa.
Nundé ku sukuru kabá la ku klaridadi ta kumussa.
Nunka dufuntu kata kurri di si koba.
Ninguin kata sindi kanderu i pá dipus i kubril ku balaio.

SABEDORIA POPULAR

O segredo do êxito é um segredo dito em voz alta.
Todos podem ouvir mas poucos querem escutar
Garandi ku firma ká passa mandadu

3/16/2008

MANSOA CARTÃO DE IDENTIDADE

Mansoa é um importante Sector na Província Norte, estando inserido na Região de Oio, é constituída por uma população cujo número tende a aumentar exponencialmente.
Mansoa fica localizada a cerca de 60 km a norte de Bissau. Com uma localização estratégica central, todas as comunicações rodoviárias fazem-se atravessando-a.
Mansoa ocupa uma área de 1.096.7 km², (3.0% do território Nacional), confronta a Norte pelo Mansabá, ao Este e Sul pela a Nhacra, e a Leste pela Bambadinca, ao Nordeste pela Bissorã.
Administrativamente Sector de Mansoa está dividida em 12 Secções a saber: Enxale, Portugole, Gã-Mamudú, Bissá, Bimduro, Jugudul,Intchugal, Enfandre, Cutia, Braia, Cobontche e Mansoa) , sendo a cidade formada pelos Bairros Luanda, Praça, Ária, Acumasse, Bairro Novo, Cussana, Quinze, São-Tomé e Mancalã. Num total de 126 tabancas.
A população esta estimada em cerca de 34.616 habitantes (dados da Direcção Regional de Saúde Oio de 2005). E é composta pelas deferentes etnias, sendo provavelmente, os Balantas, os Mandingas, os Fulas e os Mansoancas os grupos maioritárias.
CLIMA






O clima é tropical húmidas temperaturas permanecem em geral bastante elevadas mantendo uma media anual que ronda aos 27% e uma húmida relativa media do ar de 67%.
As condições tropicais do clima e a fertilidade do solo outorgam a agricultura um potencial enorme em particular as culturas do arroz, mandioca, mancara e do caju.
Por outro lado, a fertilidade do solo manifesta-se também pelo facto de Mansoa esta inserido numa zona de transição entre os planaltos e tem um território de altitude pouco acentuada.
Mansoa é detentores das mais elevadas condições de florestação, a floresta de Saara Olon a caça é abundante.

AGRICULTURA

Por razões que são comuns a todas as populações guineenses, Mansoa não escapa a maioria da população trabalha e depende do campo. O seu único sustento advém-lhes da prática da agricultura. Uma agricultura de subsistência, tradicional (tanto nas técnicas, como nas culturas) que mal dá para alimentar uma família durante todo o ano. Para agravar a situação, esta actividade agrícola só é praticável na “época das chuvas” (de Maio a Setembro), altura em que tal como o próprio nome sugestiona, o solo encontra-se suficientemente mole e com a quantidade de água necessária para ser lavrado e semeado. No resto do ano, devido à escassez de água e (mais uma vez enunciada) falta de infra-estruturas que a retenham para um melhor aproveitamento e rentabilidade dos solos, as pessoas lutam – literalmente – pela sua sobrevivência,
As principais riquezas são: Manga, Laranja, castanha de caju, o coco note, arroz, produtos destinados a exportação.
As culturas do arroz, do milho, da mandioca, do feijão, de banana, e do ananás são para consumo interno é caracterizam uma produção de auto subsistência.
A PESCA

O rio Mansoa, é profundamente penetrado pelos mares forma no entanto a bacia hidrográfica, mas aproveitada para agricultura, a pesca e extracção do sal. Nos anos 1950, rio Mansoa era navegável por barcos mais hoje dado factores de varias ordem tais como a melhoria das vias terrestre, um dos principais afluentes de rio Mansoa foi fechado em Ensalma.
Na época da chuva agua salgada transforma-se em água doce. O rio é abundante em pescado.

EDUCAÇÃO
São vários os jovens que diariamente confluem de diversos pontos das localidades limítrofes para frequentar as muitas escolas de ensino primário, complementar e o único liceu, com frequência de disciplinas do currículo secundário, de Mansoa. Este estabelecimento de ensino secundário - Liceu Quemo Mané - goza de uma reputação efectiva de um ensino de qualidade e de um quadro de professores permanente com boas qualificações pedagógico-didácticas
DESPORTO

A juventude ocupa um lugar esmagador nas faixas etárias representadas. Esta caracteriza-se por ser perseverante e habilidosa. (Recorde-se o facto de, no tempo colonial, Mansoa dar a Portugal grandes atletas nas diversas modalidades desportivas, pois era a única escola incrementada – escola do desporto. Ainda hoje forma grandes nomes do desporto-rei, nomeadamente para França.)

O clube de Futebol «Os Balantas» um grande Clube possuidor de acontecimentos de âmbito nacional e internacional, nasceu em 18 de Setembro de 1946, na sua fundação estiveram estes Senhores: Jaime Pinto Bull, António Rua, Saad Maron, Michel Saad, João da Costa Ribeiro, Alexandre Daniel Forbs, Luís Garcia Gomes, João Macedo.
Títulos e Troféus
Em 1959 – 1960, O clube de Futebol «Os Balantas» de Mansoa conquistou o seu primeiro campeonato da Província da Guiné; importa dizer que neste mesmo ano ganhou o campeonato da zona – norte; jogou no final com Clube Futebol de Cantchungo, o resoltada final: O clube de Futebol «Os Balantas» 1-0 Clube Futebol de Cantchungo, quanto o golo único obtido foi marcado por Cipriano Dantas, mais conhecido por «Iano”.
A primeira equipa do clube de Futebol “Os Balantas” de Mansoa naquela época era constituída por seguintes Jogadores: Guarda-redes “Mascote, Tchutchu, Defesas Bambo Cassama, Marcelino Cassama; Manuel Feliz, Augusto Gomes Correia Tiago,
Médios. Filipe Martins; Armando Forbs; Zé Coro; Pinto Martins.
Avançados: Tató, Iano e Pedro Sá, Pérola e Aníbal.
Na época seguinte de 1960-61 C.F. «Os Balantas» voltou revalidar o título de campeão da Zona Norte e da Província da Guiné.
Em 1961-62 «os Balantas» de novo alcança proeza de vencer o campeonato da Zona Norte e da Província da Guiné e a taça Jornal Arauto. Este desafio da final da taça Jornal Arauto realizado no então Estádio «Sarmento Rodrigues” (actual Lino Correia), entre «Os Balantas» de Mansoa, e F.C. «Cantchungo», despertou o mais viva entusiasmo em toda a população Desportiva de capital dividindo-se opinião sobre o vencedor. Por um lado, os anseios e as dúvidas das duas equipas eram bem palpitantes e conheciam-se em suma «Os Balantas» de Mansoa – F.C. «Cantchungo» todos da zona norte eram considerados grandes clubes da Guiné.
Tal como se concebeu e concretizou. F.C. de “Cantchungo”, com relativa facilidade criada pela linha defensiva dos azuis de Mansoa, marcaram três golos na primeira parte; marcaram: os irmãos Bernardo da Vela e Nené da Vela e o Adão.

Novidades deste encontro que talvez poderá ficar na história, do Futebol Guineense não foi a maneira com as duas equipas entraram em campo e jogaram. E que na segunda metade do encontro choveu em pleno mês de Abril, o que de certa maneira, não se pode de modo algum considerado fenómeno normal. «Os Balantas» entraram a perder na segunda pare por 3-0, não desanimaram com a vantagem e antes pelo contrário estava disposto a dar volta ao resultado a sorte lhe sorria acabando por vencer por 6-3.

Os Balantas» alinharam: guarda rede: Mascote, Defesas: Bambo Cassama, Marcelino Cassama, Manuel Feliz e Tiago Correia. Médios: Felipe Martins, Armando Forbs e Pérola, Avançados: Zé Coro, Tató e Iano .

Marcaram: Armando Forbs - 2 golos, Tató - 2 golos, Santos – 2 golos.
Aproveitando o final de época de 1963, «Os Balantas» deslocou-se à Portugal, esta deslocação como se verifica pela notícias posta a circular na altura por meios da comunicação social, reinava grande entusiasmo por parte dos visitantes, por ser primeiro clube de Futebol da Província da Guiné a deslocar ao Portugal, por um desafio de futebol. Naquela altura C.F. «Os Balantas», é dos melhores equipa da Província, fazendo parte dele bons jogadores formando um grupo que prova o seu grande valor, nessa deslocação contava com alguns reforços vindos de outros clube: Armando Benfica, Luís Djatõ e Mário Nharita- ambos U.D.I.B; Nula Bolama Ténis Clube.
Jogou contra Lusitano da Évora, Sporting de Braga, Desportivo de Cuf, Académica de Coimbra e contra Selecção de Beja. Destes 5 encontro não venceu nenhuma.

Nas épocas 1963/64 e 1964/65 C.F. «Os Balantas» levou para 5 vezes a conquista do campeonato da Zona Norte e 3 vezes campeão da toda Província da Guiné.
Com início da Guerra em 1963, não foi possível realização do campeonato da Zona Norte nas épocas que vai de 1965 à 1969. Por esta mesma razão motivou que C.F. «Os Balantas» participasse num campeonato alargado há 8 equipas. Benfica Sport Clube de Bissau, Sporting de Bissau, Ajuda Spor, Clube, Ténis Cube De Bissau, Ancar, U.D.I:B. Bissau, Sacor; e por causa da guerra Cantchungo foi forçado a ficar de fora. E “Os Balantas” classificou em 2º lugar. Na época seguinte de 1970/71, «Os Balantas» venceu a taça da Guiné e representou a Guiné na Taça de Portugal em Cabo Verde e jogou encontra F.C. de Mindelo e perdeu por 1-0. Nesta altura «Os Balantas» alinhava com: Guarda-redes Luís Felipe «Montijo» (soldado Português). Defesas Seco Camará, Pedro Ialá (capitão), Pinto Martins e Mário Coro. Médios: Júlio Dias, Rui Baio, Formigas (soldado Português). Avançados: Silla Djaló, Pires (soldado Português) e Leandro. Suplentes: Damas, António Cruz Vieira «Verinha», António Sambú «António Músculos».«Os Balantas » foi vencedor do campeonato da época desportiva de 1971/72 .e voltou erguer a taça de campeão na época de 1974-75 depois da independência total do nosso País e ainda nesta senda de proeza levou para sua vitrina o primeiro taça de Pindjiquit.
No que concerne a Equipamentos Desportivos e de Lazer, existem: 2 campos de futebol onze, 1 de Fut-Sal, 1 Basquetebol, 1Andebol, 1 de Voleibol, 1 Cinema,

3/13/2008

EDITORIAL

Seja Bem Vindo!


O Objetivo de ter criado este blog foi devido à necessidade
de expor minhas idéias, pensamentos...
E para poder transmitir o que estou sentindo ou vivenciando,
através das Nobas aqui da terra... Com fotos,
notícias da minha cidade natal (que é Mansoa-Guine Bissau) e onde vivo,
saboreando Djotos com caldo de mancarra,
Iskilon com oleo de palma,
Poportada di Kacri.

MANSOA ADIVINHA-SE UM FUTURO MELHOR



Um simples passeio por Mansoa permite de imediato uma constatação: algo mudou de forma drástica no perfil desta cidade.
Novos projectos surgem um pouco por todo o lado, desde simples construção até aos grandes obras, como a construção da nova igreja da Paroquia de Santa Ana Mansoa , obra essa da iniciativa do antigo parco da paroquia de Mansoa padre Davide Siocco.

A primeira face das obras do Estádio Olímpico africa que esta a nascer na parte estratégica da cidade concretamente no bairro de São Tome " Antigo Estadio Sem Lei" da iniciativa de Comité Olímpico guineense é projecto de grande envergadura constituído um 1 campo de futebol onze, e de um polivalente.

Uma outra novidade é Discoteca Zabala em pleno centro da cidade, de um filho de terra Adulai Bari -Lai Bari-
E um centro multimedia junto a rádio sol Mansi, uma mais valia que funcionará como um pulmão para a cidade onde coexistirão, espaços formação no domínio da informática e uma sala de Internet com 11 computadores a iniciativa é da Rádio Sol Mansi.

Hospital Mansoa é considerado de momento segundo centro hospitalar a nível nacional de referencia com  bloco operatório e dispõe sevicio de radiografia e analise, muito solicitado.

Nos arredores do hospital está ser alvo de uma profunda transformação já alguns meses se iniciaram obras para residência dos médicos.

KUSSONGO

MANSOA - OIO